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quarta-feira, setembro 08, 2010


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Hoje é um dia ímpar, um dia singular. Ímpar como o ontem, como o amanhã, singular como o sol, a lua, ímpar como eu, talvez como você.
O comum, não me agrada, o estranho me parece cair bem, meu travesseiro ouve os meus segredos, a minha solidão é tranquila e doce, sóbria e também sutíl.
A extremidade de mim, sou quando estou sozinha, ao conversar com as minhas múltiplas personalidades, isso é o que me faz sentir bem. Eu não preciso de mais que isso, na verdade, eu não quero mais que isso.
Não grudo, não me apego, não ligo, não peço, não choro, não corro atrás, não bato em portas, e nem deixo quem bate entrar, não o almejo, não o sinto, não o preciso, não o quero.
Se um dia eu pudesse ver através de mim, eu diria pra você o que me faz ser assim, qual é o segredo ou o trauma que me fez ser como sou.
Mas, é tão simples. Eu não tenho pregas, eu não tenho raízes, eu não estou presa a nada e nem a ninguém, eu vivo como se fosse só eu, porque um dia, serei só eu. As demais coisas, eu deixo pra quando sobrar tempo. E se não sobrar tempo? Que seja, eu ainda estarei bem.
E por mais que eu seja contestada, e por mais que você queira dizer que eu não sou assim, que não é isso que eu realmente quero, eu sei e talvez você também saiba, eu estou mesmo bem assim.
Não é como uma marcha da vitória, não é como um dia sem o sol, não é um passeio sem sorvete, ou uma vida sem histórias.
É a simples questão de não tirar a bola do pé de quem está fazendo gols.

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