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domingo, setembro 23, 2012


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E ela precisava ser salva. Salva da bagunça que havia sido predestinada a ser, salva do abismo no qual estava prestes a cair, mas salva por algo porque ela, pobre! era incapaz de voltar de onde quer que fosse. E aquilo não fazia sentido em parte alguma! Logo ela que tinha tanto controle sobre tudo, não controlava ao menos a si! Pobre, pobre menina. 
Sim, menina. 
Tão fraca quanto uma menina, tão frágil como uma menina, tão dramática como uma menina, tão meiga como uma menina, não boba como uma menina.
Tão perdida como uma menina perdida, uma menina que tinha a necessidade de crescer.

terça-feira, setembro 11, 2012


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Quero voltar a ser quem sou, e quero hoje, quero agora. Quero que a coerência da simplicidade paire sobre mim, que os traços do amor me desenhem e que a borracha do tempo apague em mim todas as marcas que não se vale lembrar. Quero voltar a sonhar realidades, quero voltar a acreditar em mim. Quero lembrar de como era fácil ser simples, como era bonito ser eu mesma, do jeito que eu era. Quero parar de ser como não sou, quero parar de tentar impedir quem sou. Quero viver a realidade, e quero usar nela o poder que tenho de a tornar especial. Quero escrever por amor, por paixão, por felicidade. Quero escrever por realidade, pelo que é meu, pelo que deveria ser meu, pelo que vai ser meu. Quero organizar minha vida mesmo sabendo que vou bagunça-la 3 vezes mais daqui a dois dias. Quero fazer rotinas pra não cumprir e sonhar sonhos pra não viver, porque o melhor que há nessa vida é o sonhar! Por isso quero dizer-te que sonhe todos os sonhos que lhe for permitido, porque enquanto tivermos sonhos, ideias e ideais, teremos poder. Quero viajar de volta ao meu existencialismo barato e minha doce solidão, quero gostar de mim 5 vezes e depois dos mendingos, velhinhos, e vendedores de cachorros quente. Quero tomar de volta a aquilo que nunca deveria ter permitido que roubassem de mim.