As gotas de chuva batem no chão como se quisessem furar. O frio anda por aí me procurando para me castigar, para me culpar de algo que nem sei mesmo se fiz.
A solenidade que existe nos dias nublados é como um refúgio do céu, é o esplendor do sol em um dia não tão espetacular.
Letras embaralhadas pendem sobre os livros como se fossem codigos a serem decifrados, Palavras conturbadas surgem em minha mente sombria como rosas de aço, me machucam e me acusam, me relatam e me desfazem. Obscuros como quem se esconde, os meus olhos andam por aí procurando encontrar aquilo que me faria me desligar do mundo das razões inatas e me fizesse caminhar silênte pelo mundo dos sentidos em que apenas importaria o quão perfeito aquilo seria. Sem a necessidade mas com a vontade, me encontro como sendo extraída por mim mesma, tentando dar-me uma explicação sadia.
Precisando sair e voar, eu fecho os meus olhos e encontro uma escuridão que ja é gentil e familiar. A escuridão se tornou companheira, o medo do escuro ja não me assola mais. A felicidade existe numa inconstante constância com a qual ainda não aprendi a lidar.
Me escondendo no escuro e dizendo Estou bem, Obrigada não tenho mistérios que me consomem mais do que aqueles que ainda decifrarei em mim. Esbanjando por aí o meu sorriso bonito que é por mim contestado, pretendo continuar fazendo com que todos ainda se perguntem o que em tanta contradição me faz continuar sorrindo mesmo em dias tempestuosos.