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quarta-feira, agosto 25, 2010


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Pessoas não são apenas o que dizem ser. Pessoas são o que são, pessoas são o que querem, são o que pensam, são o que lembram, o que esquecem. São palavras trocadas, frases empilhadas, são a continuação de seu começo, são um começo novo a se continuar, são erros cometidos, pensamentos esquecidos, um querer não querendo, uma palavra solta em uma folha qualquer. Pessoas são autoritárias, egoístas e autocráticas, pessoas são coisas que cedem, são enganos que cometem, são sol, chuva, brilho e luar.
Pessoas são os sentimentos mais profundos, são os pensamentos mais imundos, são olhares por olhares, são manhãs e noites, crepúsculos e amanhecer. Pessoas são contradições, pessoas são irrasões. Pessoas se dizem complicadas e diferentes, são tantos os complicados e os diferentes, que se tornam todos simples e iguais, igual na monotonia do seu ser, igual na exerção de seu poder, iguais não suas atitudes reais, que são certas e talvez erradas aos olhos de quem vê. Pessoas pensam mais do que são, pessoas são como um vento que passa, que aparece e vai embora, como uma onda singular no oceano, assim como o vapor abortivo que se dissolve e muda, a cada instante. Pessoas são achistas, pessoas são pessimistas. Pessoas não sabem, pessoas apenas acham. Acham que a vida tem que ser assim, que a minha vida sem isso vai deixar de existir, que os seus olhos são o que me fazem respirar. Pessoas são auto-suficientes, pessoas são individuais, pessoas são particulares e vivem apenas consigo mesmo e com suas fantasias. Fantasiam a nessecidade de algo, fantasiam a ilusão da felicidade apenas com esse algo, pessoas fingem, e demonstram menos, ou mais.
Pessoas não precisam de nada além de si mesmas para encontrarem a tal felicidade, pessoas e pessoas.
Pessoas são o destino, o acaso, o desejo, o desprazer. São acertos e erros empilhados, sou eu, é você.

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