Em meio à pergunta formulada, me pego como se tivesse sido abordada e como se aquilo fosse uma questão vital. Por meio de uma simples pergunta na aula de filosofia, não consegui tirar o lápis do lugar, sem palavras pra escrevem sem situações ou experiências a contar.
Bom, talvez seja aquilo que vejo em olhos alheios, talvez seja aquilo que deixo de perceber nas pessoas, talvez o sentimento mais crucial, ou a palavra mais banal que passa de boca em boca. Ele, em toda a sua magnitude, encanta, diverte, machuca e até ilude quem tenta se envolver. Conhece-lo talvez seja, a maior desgraça ou a maior proeza na vida de um ser. Quem o sente sofre, e gosta de sofrer, machuca ao se machucar e é feliz apenas de se lamentar. Sem contar uma mera vantagem, quem sente apenas segue uma viajem sem saber ao certo onde vai chegar. Mesmo assim, esse tal amor com todas suas tristezas e frustrações, constrói, edifica, pontes que talvez jamais poderão ser destruídas.
quinta-feira, agosto 26, 2010
quarta-feira, agosto 25, 2010
Eu te encontrei, procurando por alguém que me fizesse feliz, procurando por um motivo para sorrir, tentando encontrar alguém que visse o que você vê agora em mim. Encontrei onde eu menos esperava, quando eu menos esperava, chorando no meu quarto. Por muitas vezes sem perceber, te ignorei, te maltratei e te machuquei, eu era fraca demais pra conseguir aceitar que era você, mas quando eu te vi, ou melhor, quando eu te percebi, eu tive certeza que era você e sempre seria você, me lamentei de não ter te dado o devido valor, me lamentei por não ter te ouvido quando você gritava dizendo que eu só precisava de você. Eu ainda não entendo, isso é novo pra mim. Como eu consigo ser feliz assim apenas com você? Como depois de pensar que o amor não existia eu consigo estar tão perdida e loucamente apaixonada por você? Isso não importa, todas as minhas duvidas se foram no momento que eu parei, e olhei pra você naquele espelho. Percebi que realmente, era de você que eu precisava; Tive essa certeza desde aquele dia, em que te encontrei, e não consigo mais esquecer isso nenhum segundo, por que a cada vez que encontro uma oportunidade de olhar nos seus olhos, eu tenho a certeza de que sou completa, quero dizer, cada vez que eu olho no espelho, agradeço o dia em que chorava tentando encontrar alguém que me completasse, e me vi, foi amor a primeira vista, eu chorando e tentando encontrar o que estava literalmente na minha cara. Hoje eu só posso agradecer a mim mesma, ah como foi bom me encontrar e saber que sou completa, como é bom estar apaixonada por mim e não querer mais que isso acabe, pra falar a verdade, eu agradeço a Deus por me encontrar descobrir que eu não preciso mais encontrar um "você" pra ser feliz.
Pessoas não são apenas o que dizem ser. Pessoas são o que são, pessoas são o que querem, são o que pensam, são o que lembram, o que esquecem. São palavras trocadas, frases empilhadas, são a continuação de seu começo, são um começo novo a se continuar, são erros cometidos, pensamentos esquecidos, um querer não querendo, uma palavra solta em uma folha qualquer. Pessoas são autoritárias, egoístas e autocráticas, pessoas são coisas que cedem, são enganos que cometem, são sol, chuva, brilho e luar.
Pessoas são os sentimentos mais profundos, são os pensamentos mais imundos, são olhares por olhares, são manhãs e noites, crepúsculos e amanhecer. Pessoas são contradições, pessoas são irrasões. Pessoas se dizem complicadas e diferentes, são tantos os complicados e os diferentes, que se tornam todos simples e iguais, igual na monotonia do seu ser, igual na exerção de seu poder, iguais não suas atitudes reais, que são certas e talvez erradas aos olhos de quem vê. Pessoas pensam mais do que são, pessoas são como um vento que passa, que aparece e vai embora, como uma onda singular no oceano, assim como o vapor abortivo que se dissolve e muda, a cada instante. Pessoas são achistas, pessoas são pessimistas. Pessoas não sabem, pessoas apenas acham. Acham que a vida tem que ser assim, que a minha vida sem isso vai deixar de existir, que os seus olhos são o que me fazem respirar. Pessoas são auto-suficientes, pessoas são individuais, pessoas são particulares e vivem apenas consigo mesmo e com suas fantasias. Fantasiam a nessecidade de algo, fantasiam a ilusão da felicidade apenas com esse algo, pessoas fingem, e demonstram menos, ou mais.
Pessoas não precisam de nada além de si mesmas para encontrarem a tal felicidade, pessoas e pessoas.
Pessoas são o destino, o acaso, o desejo, o desprazer. São acertos e erros empilhados, sou eu, é você.
quinta-feira, agosto 05, 2010
E é assim que a história começa, ela sonha com alguém perfeito, um principe encantado, e ele sonha apenas com alguém. Ela procura um garoto atencioso, gentil, carinhoso, bonito, ele procura apenas alguem. E em um dia não tão belo, com um céu não tão azul, eles se encontram. "É tudo que eu sonhei", pensa ela. "Ela ta mesmo olhando pra mim?" pensa ele. E assim vai. Trocam-se os telefones e começa o conto de fadas. Na sua terra de magia, ter um final perfeitamente feliz, ou apenas algo parecido com isso, é melhor que nada. Ela acreditou nisso, e foi passando, a quinta, a sexta, o dia, a noite. E eles seriam um só, e iriam se amar, pra sempre e quase toda eternidade e tudo estaria bem, ele só precisava ama-la quando podia, e ela iria sonhar todos os dias e iria fazer com que todos os dias ele ainda se importasse. Ele não tinha a perfeição que ela procurava mas, um final quase feliz era melhor que nada. Mas no fundo, ela sabia. Sabia que por mais que doesse, não seria assim. Eles não iriam se amar pra sempre e quase toda eternindade, não era certo ele só a amar quando podia, mas ela continuria sonhar e fazer todos os dias com que ele ainda se importasse. Isso não fazia sentido, o seu sonho não podia se destruir assim, ele não estava se importando, como era possivel? No seu mundo mágico isso não podia acontecer, e foi aí que ela caiu.
Caiu para um mundo sem magia, sem amor, sem esperanças ou finais felizes.
E agora não existia mais nada. Ela não queria mais um amor pra sempre ou quase toda eterninadade, ela não queria alguém que se importasse, ela queria apenas que alguém sofresse feito ela. E foi assim que aconteceu, aquele principe encantado que ela tanto sonhava apareceu. E chegou como quem não queria nada, cheio de amor e boas intenções. Agora era tarde demais, ela não queria mais aquele principe, o seu coração estava partido, o seu eu estava feirido. E ela era áspera, fria, sarcástica, insensível.
E ele sem saber muita coisa, teve o seu coração partido, caiu do seu mundo e está pronto pra iniciar o ciclo.
A garota que ele conheceu tinha sido apenas o reflexo do que ele fez com uma certa garota que chegara-se a ele, e assim iria ser. Quanto mais partido está um coração, em mais pedaços ele se reparte, e mais pessoas ele danifica, como um cristal que não pode ser colado destrói e fica destruido quem sofre ou faz sofrer.
E é assim que a história termina.
domingo, agosto 01, 2010
Dizem por aí que eu levanto a sobrancelha quando quero disfarçar, que choro quando estou com raiva, e que olho pra os lados quando quero chorar, que começo a rir quando estou nervosa, que odeio gente em volta quando estou triste, que definitivamente não sei disfarçar, que talvez eu seja um pouco ignorante e estressada, que mudo de humor do nada, que tenho medo de olhar nos olhos, que não sou tímida, mas fico vermelha quando constrangida, que quando não gosto sempre acabo falando, dizem que eu gasto guardanapos atoa, dizem que pra mim a melhor parte de sair é passar por alguns perigos, dizem que tenho um coração de gelo, que tudo é indiferente pra mim, que quase nunca sou sensível, que não costumo me abrir com as pessoas, que sou teimosa e não sei perder, que não assumo meus erros e não mudo de opinião tão fácil, que eu sou a melhor pessoa pra ouvir, que sou complicada até demais, e que eu não me apego a ninguém, dizem que quero estar sempre certa, e que por mais que me mostrem a minha verdade é o que vale pra mim, dizem por aí que eu não me importo com o que pensam, que eu assumo rótulos que não tenho, e que cada um conhece a Nathany que pensa que conhece, dizem que eu tenho vergonha de chorar e que eu nem sempre gosto de ser assim, mas que o meu orgulho estúpido não me deixa passar por cima disso. Já me disseram que sou perfeita, que tenho tudo que alguém pode querer e que eu não sei dar valor ao que tenho e nem ao que sou. Dizem que eu sou hipócrita, insensível, arrogante, extravagante, cínica, sarcástica, maudosa e que também gosto de ser tratada mal, que não dou valor a quem realmente merece, que eu não gosto de grude, que não tenho necessidade de um amor Eros, dizem por aí que existem pessoas pelas quais eu faço qualquer coisa, dizem que mulheres me odeiam, dizem que sou cativa a garotos, dizem que, que eu não sofro por amor, que gosto do momento, e que desejo que as pessoas o esquecessem tão facilmente como eu. Dizem por aí que sou "de fazes" e que por mais que tente me fazer de durona ainda serei aquela menina que tem medo de chorar e dizer o que sente. Isso é só o que dizem por aí.